Foi adentrar um espaço estranho. Fomos presos nos nossos equívocos. Aos poucos fomos nos aproximando daquelas vidas, que no cotidiano queremos distância, através de suas angústias, desejos e imperfeições (também nossas). E ao final engolimos o que criamos diante de nossos medos. Com atuações sensíveis, provocativas, ironicas, críticas e viscerais. Foi uma vivência impar, um confronto com nosso igual que nos é estranho. Resultado e resultante de um sistema, que nos é comum e como tal imperfeito. Queremos intervir durante a encenação, porém não é fácil interromper diálogos tão interligados. Foi estar preso ao que estava vendo, ouvindo e sentindo. E também preso as nossas convenções, mas foi nesse momento que pude identificar os meus grilhões que me prendiam a cadeira. Me mantendo apenas espectador. Um obra aberta, que nos prendem em nossos medos. Beijos e parabéns a todos.
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