quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Sandro Rogério

Foi adentrar um espaço estranho. Fomos presos nos nossos equívocos. Aos poucos fomos nos aproximando daquelas vidas, que no cotidiano queremos distância, através de suas angústias, desejos e imperfeições (também nossas). E ao final engolimos o que criamos diante de nossos medos. Com atuações sensíveis, provocativas, ironicas, críticas e viscerais. Foi uma vivência impar, um confronto com nosso igual que nos é estranho. Resultado e resultante de um sistema, que nos é comum e como tal imperfeito. Queremos intervir durante a encenação, porém não é fácil interromper diálogos tão interligados. Foi estar preso ao que estava vendo, ouvindo e sentindo. E também preso as nossas convenções, mas foi nesse momento que pude identificar os meus grilhões que me prendiam a cadeira. Me mantendo apenas espectador. Um obra aberta, que nos prendem em nossos medos. Beijos e parabéns a todos.

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