terça-feira, 16 de junho de 2015

Alcy Saavedra

Quase que o “tempo” me fazia perder a chance de assistir ao um espetáculo que me levou às lágrimas, ao riso e à satisfação de ver uma entrega do ator ao ofício de atuar. Nos dias corridos da atualidade eu me resignava a aceitar a ver uma récita de duas horas e quarenta minutos. Na verdade, Sistema 25 passa num piscar de olhos. Não senti o tempo passar. Senti muita emoção. Fui tocado pelo que me foi mostrado. Nosso sistema penitenciário pernambucano, semelhante a outros em nosso país, é revelado através de seu cotidiano cruel e paradoxalmente poético. Cheio de modelos de vida que quando vemos com os olhos a alma chora. Gostaria de agradecer pela viagem que esse elenco maravilhoso, com pequenas fragilidades pela falta de experiência de alguns, me proporcionou. A entrega do ator, como disse, é perceptível. A vontade de levar o público para aquele universo é conseguida. A direção conduz o público para onde ela quer. Não adianta fugir. Se temos a religiosidade como foco, lá está ela como um dos elementos existentes no mundo daqueles que estão jogados como restos humanos condenados a se tornar pó. O erotismo sempre presente na medida certa, porém honesta, se faz presente para os revelar um pacote cheio de preconceitos, amor e, por incrível que parece, respeito. Como recurso, a música se transforma em um passaporte mágico que nos enlaça fortemente. Que direção musical fantástica! Somos avisados que podemos tudo, mas quem pode é a arte. É ela que nos obriga a admitir que o que é bom nos faz querer mais. Por isso ninguém sai, por isso queremos ver mais, por isso que teatro é bom, por isso que tenho que falar disso tudo. Gostaria de rever, mas seria como ceifar a chance de outra pessoa integrar o grupo de 25 espectadores por apresentação. Então, quero repassar para muitos amigos poderem prestigiar esse trabalho tocante. Gostaria de levar um enorme abraço a cada um dos atores, ao diretor, aos técnicos que deixam contribuem para o resultado. Parabéns!

via Facebook

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Gutto Motta


Tive o privilegio de assistir a estreia dessa belíssima peça, convidado pelo meu amigo Nildo Barbosa, um grande ator e diretor de cultura de Jaboatão dos Guararapes. Entre o elenco também se encontra um dos maiores atores de Pernambuco, o qual admiro muito o seu trabalho Emanuel David D´Lúcard que também é meu amigo. Sem falar que estão em cena, mais 23 atores "fuderosos", (Geraldo Cosmo, Robson Queiroz, Pedro Dias, e mais que ainda não tenho em meu face) porque não dizer tops, excelentes, maravilhosos atores do cenário cultural do nosso Estado. 
Promover Cultura de qualidade é dar possibilidades de conhecimento aberto ao povo, e foi isso que o belíssimo diretor Jose Manoel Sobrinho fez no SISTEMA 25.

via Facebook

Leidson Ferraz

Dormi feliz ontem, pensando no teatro pernambucano. Sábado fui ver “Obsessão” e, no domingo, “Sistema 25”. São dois exemplos, por vias distintas, da resistência da arte cênica pernambucana, ambos produzidos sem qualquer verba do poder público, frutos da coragem dos artistas produtores Simone Figueredo, Ulisses Dornelas, Nilza Lisboa e Silvio Pinto, no primeiro caso, e de José Manoel Sobrinho e Carminha Lins, no segundo. Parcerias felizes com elencos e técnicos.

Até então em cartaz no Teatro Boa Vista, “Obsessão” me surpreendeu pela dramaturgia, repleta de reviravoltas bem ao estilo do carioquíssimo Jô Bilac. Escrita por Carla Faour, com direção de Henrique Tavares, é exemplo deste tipo de espetáculo que pode não agradar a grande parte da classe artística, mas acerta em cheio no gosto do público comum, aquele que quer desopilar das mazelas do dia a dia e rir apenas, rir muito. A trama discorre sobre duas ex-amigas rivais em tudo e, principalmente, na relação com os homens que rondam suas vidas. A montagem é over, sobretudo na interpretação, e claro que vai ganhar em muito quando for para um teatro onde o elenco não precise brigar com o pânico da enorme espacialidade, já que os microfones ajudaram bem pouco. O que mais me impressionou, no todo, foi a opção da atriz e produtora Simone Figueiredo, à frente daquele quarteto, em apostar numa obra que foge dos intelectualismos e quer, sim, ser apreciada pelo espectador com exigências medianas. E isto (bem) produzido com a cara e a coragem, o que resultou na minha simpatia e torcida para que, tanto no Teatro de Santa Isabel (no próximo dia 2 de julho) quanto na temporada no Teatro Eva Herz (em negociação), “Obsessão” dê muito certo. Ainda no elenco, Sílvio Pinto, Nilza Lisboa, Diorgenes Lima e Tarcísio Vieira.
Por sua vez, reunindo 25 intérpretes masculinos (o que por si só já é uma tremenda loucura), o diretor José Manoel Sobrinho provou com o “Sistema 25”, até então com sessões espaçadas no Teatro Marco Camarotti, que o teatro pode ser uma experiência para além do simples assistir uma peça. Pode mexer com nossos conceitos para a vida. Só alguém como ele, após coordenação no saudoso Projeto Nimuendaju, que levou oficinas e espetáculos para a convivência no sistema prisional de Pernambuco, poderia criar uma obra (em escrita coletiva) que me incomodou bastante, inicialmente, por sua “condescendência” a homens em cárcere e suas tantas referências poéticas a “anjos caídos”. Assistindo ao espetáculo, eu pensava na relação que a “sociedade liberta” tem com ladrões, estupradores, assassinos, traficantes, etc., no entanto, “policiei-me” ao, quase ao final da montagem, reconhecer que pode, sim, haver resquícios de humanidade em gente assim, e isto já valeu por rever meus próprios preconceitos.
Nas quase três horas de duração, Zé fez comunicar a convivência que teve com homens naquela situação quase análoga, sem passar a mão sobre seus erros e práticas nada agradáveis para quem está aqui, do lado de fora. Aquele é um outro universo, mas que também clama por um certo entendimento de (sobre)vida e respeito até, por ter gente que o habita. O elenco, claro que com atuações díspares entre o excesso de teatralidade e uma naturalidade que impressiona, entrega-se por inteiro, certamente participando de uma experiência para além do teatral, que assim como a nós, transforma. Meus senões só foram à trilha sonora, em sua grande parte redundante e dispensável, mas me dando o prazer de (re)descobrir algumas vozes muito boas. A montagem vai cumprir temporada no Espaço Experimental em breve, e torço para que ainda seja vista tanto por policiais quanto por presidiários. O debate é preciso. No enorme elenco, Alberto Braynner, Beto Nery, Billé Ares, Breno Fittipaldi, Bruno Britto, Cláudio Siqueira, Eddie Monteiro, Ednaldo Ribeiro, Emanuel David D´Lúcard, Flávio Santos, Geraldo Cosmo, Guto Kelevra, Hypolito Patzdorf, João Neto, Marcílio Moraes, Neemias Dinarte, Nelson Lafayette, Nildo Barbosa, Normando Roberto Santos, Otacílio Júnior, Pedro Dias, Robson Queiroz, Rogério Alves, Samuel Bennaton e Will Cruz.
Bom, conferir “Obsessão” e “Sistema 25” me fez ter a certeza que o teatro pernambucano continua apostando em sua diversidade, tentando dialogar com públicos os mais distintos, e numa clara ousadia de quem o faz, provando que a arte teatral ainda é do COLETIVO em suas múltiplas possibilidades. Parabéns, seus ousados (entre outros que, felizmente, ainda temos)!

 Texto "COM PROPOSTAS BEM DIFERENCIADAS, DOIS ESPETÁCULOS ME CHAMARAM A ATENÇÃO NESTE FINAL DE SEMANA COMO EXEMPLOS DA RESISTÊNCIA DO NOSSO TEATRO", publicado no Facebook.

Marlene Coutinho


Sistema 25! 
Não via algo tão transgressor e impactante há muito tempo. E olhe q minha frequência ao teatro, é um tanto corriqueira. Mas, mais do que algo inusitado foi fantástico. Orgulho de conhecer a maioria, feliz de ser amiga e fã da maioria do elenco. O meu viva e o meu evoé vão p os 25 elementos e o encenador e toda equipe. UM ENCONTRO QUASE IMPROVÁVEL NÃO FOSSE A POSSIBILIDADE DO TEATRO.

via Facebook

Jair Medeiros


Um espetáculo perturbador, que instiga e convida o espectador a participar, um momento de reflexão sobre nosso sistema, nossos relatos, homens ou animais em condições humanas ou desumanas? Um relato a nossa selvageria diária, parabéns a todo elenco por esse momento único, essa tarde especial que vocês me proporcionaram.  Um forte cheiro em especial a meu amigo, grande ator e encenador Will Cruz e ao meu querido amigo Geraldo Cosmo, que já me dirigiu, ao talentoso Emanuel David D´Lúcard, ao grande Pedro Dias e ao provocador / encenador José Manoel Sobrinho. 
Grande aplauso de pé a todos.

Ivan Leite

Compadres e comadres! Na estrada com Catirina e rodando nas regionais da MC PRODUÇÕES, tenho parado pouco em Recife, mas, ontem tive o prazer de assistir ao espetáculo Sistema 25. 
O prazer de rever velhos amigos que a anos não os via atuando e nem no "sereno", o prazer de ver grandes monstros em suas interpretações, o prazer de ver novos atores talentosos em pé de igualdade, o prazer de abraçar a todos no final, o prazer de se emocionar e chorar com a tempestade de talentos, o prazer de estar no olho do tornado de interpretações. 

Prazer de deitar, embolar, sentar, acocorar, ver celular, mixar e ainda assim não perder absolutamente nada do espetáculo. O prazer de ver mais uma direção impecável desse que foi, é e será o ícone do teatro Brasileiro. O prazer de ver uma iluminação que atuava junto com os atores e a cena, o prazer de uma trilha que te faz rir, se emocionar e chorar. 

O prazer de uma produção bem cuidada, o prazer de um projeto cenográfico/ambiente sensacional, o prazer de uma tarde maravilhosa, o prazer pelo teatro Pernambucano, o prazer de estar ali, obrigado, muito obrigado por este momento que será eterno!!!

Via Facebook da Mateus e Catirina

Gilvan Mota

Sistema 25 .Realidade ou mentira?

Foi assim que me senti vendo o maravilhoso espetáculo, dirigido por Zé Manoel. 

No inicio do espetáculo me senti um preso por algumas dezenas de minutos. Personagens e plateia se misturam,, onde a igualdade permeia o sentimento humano e nos leva numa viagem real da ador e da cena.

Um espetáculo muito bem construída por atores que compartilham suas obras entre si, criando um sistema dramático que me fez um prisioneiro também, talvez prisioneiro da minha própria ignorância em não me inclinar para um problema tão sério que o sistema prisional do mundo. Por momentos senti o desejo de contracenar com eles, expor minhas ideias e sentimentos, mais me segurei, pois, não sabia se estava num mundo de verdades ou mentiras.



via Facebook

domingo, 14 de junho de 2015

Geraldo Maia

Zé, achei a peça d-e-m-a-is!!! Instigante, corajosa, ágil, elenco harmonioso, enfim, sai feliz, com aquela sensação de quando vemos algo que nos move/comove/faz refletir. Arte, enfim!!! Parabéns!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Ah, e no início fiquei meio aflito. Pensei: Deus meu, onde e como aquelas duas músicas vão entrar nesse transe-zécelsomartiniano, eu estava sufocado de aflição...mas as músicas caíram feito luva...ficaram lindas, realmente!!!
Sufocado também com o ambiente... e a realidade a que a peça nos transporta... e que é foda...


*Geraldo Maia compôs duas músicas para o espetáculo

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Crítica: “Sistema 25″ é um processo de desestabilização

por Mateus Araújo

Vinte e cinco homens presos. Vinte e cinco espectadores cúmplices. Sistema 25, espetáculo dirigido por José Manoel Sobrinho – e em cartaz no Teatro Marco Camarotti, neste mês de junho, desde o dia 6 – é um processo contínuo de criação que se pauta pela experimentação da palavra e do espaço e pela percepção de limites (ou a falta deles) entre cena e plateia. Nesse jogo de tatos, se estabelece um questionamento sobre as culpas, o autoritarismo e a essência canibal que há nas relações humanas – sobretudo aquelas em estado limite – e transportando ao palco, ainda, uma insatisfação com as “regras” do próprio teatro.

Sistema 25 é a segunda parte de um processo de descobertas. Numa cela pequeníssima, homens se digladiam e confessam a si e aos colegas suas histórias e suas angústias – confessam por palavras, gestos e atitudes. Proposto a desestabilizar (a palavra é ratifica inúmeras vezes por ele), o diretor é a instiga de uma criação coletiva. Para ele, o espetáculo é espaço de se perceber e se sentir. Assim sendo, diante da plateia, o ator assume uma figura de provocado e estimulado a trazer figuras de linguagem e expressões que falem do cárcere para além da cadeia. A dramaturgia são retalhos de histórias que se intercruzam. Trinta momentos e quase três horas de espetáculo que não dão resposta ao que provoca, mas aciona paralelos e dúvidas pertinentes.

Na história, estão homens-metáforas de autoritarismo, de um sistema opressor e excludente, de desejos silenciados ou reforçados e encontros e identificações favorecidos pela condição de clausura. Da vingança ao sexo, tudo está em jogo num cubículo onde apenas cabiam oito pessoas, mas sobrevivem 25. O sistema que titula a peça atenta também para outro, mais amplos: o teatral. A determinação de desestabilizar não se resume ao caráter psicológico dos personagens, mas envereda pelo próprio ofício e prática do teatro.

O volumoso elenco destoa nas interpretações. Atores de trajetórias heterogêneas desenham em cena emoções oscilantes. Os mais experientes visivelmente estranham a quebra do palco à italiana e exageram na voz e nos gestos, dão tons acima do que precisaram para convencer a quem está ali tão próximo. Mas há de se destacar interpretações tocantes e emotivas, como a o jovem Marcílio Moraes no papel de uma filha que lamenta a morte do pai presidiário com quem teve uma relação dúbia, e o nonsense Velho Louco vivido por Normando Roberto Santos. Aliás, a figura do velho faz parte de uma série de elementos da dramaturgia que recorrem ao místico – o personagem de caráter profético repete inúmeras vezes, intercalado às cenas, o anúncio de uma morte que estar por vir.

Para além da percepção da dramaturgia, é possível romper a cadeia do provável e ir adiante, na perspectiva estética e da receptividade. Esse arranjado de situações e histórias também coloca-nos, como plateia, em lugar de debate. Tira a percepção estanque de quem apenas o assiste para nos levar ao centro do conflito. A disposição cênica é uma cadeia por si só, com uma estrutura de luz (assinada por Luciana Raposo) que destaca as emoções e os conflitos físicos e psicológicos de maneira intensa. O público senta em cadeiras em meio aos artistas. O centro são a cena, o elenco e o público. Unificados.

No entanto, essa perspectiva é incompleta e fria – uma vez que sentados dentro dessa cela e sendo parte física dessa prisão ainda estejamos sentimentalmente fora dela. Qual caminho seguir? Como chegar ao espectador de maneira que ele chegue ao ator sem que haja força, mas entendimento e identificação? É o estímulo ainda sem resposta. O Sistema segue, na construção e na desestabilização.

*Crítica postada na Coluna Terceiro Ato, do JC Online, em 12 de junho de 2015. http://jconlineblogs.ne10.uol.com.br/terceiroato/2015/06/12/critica-sistema-25-e-um-processo-de-desestabilizacao/

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Cesar Santos

Podem me julgar parcial (rsrs), mas sendo suspeito ou não, penso que Sistema 25 é o espetáculo mais surpreendente, inquietante, instigante, provocante e apaixonante montado na cena teatral pernambucana nos últimos anos! 


via Facebook

terça-feira, 9 de junho de 2015

André Filho

Querido José... 


Só agora consigo parar para escrever um pouco sobre a noite de ontem. Queria dar-lhe os parabéns pelo espetáculo. Saí do teatro ontem muito instigado com as cenas que vocês construíram. O SISTEMA 25 faz jus aos comentários que eu já tinha escutado. Maravilhoso poder ver pessoas tão queridas em cena se doando com tanta dignidade a um processo como este. A essência do teatro é e sempre será o trabalho do ator e todos vocês estão de parabéns. Ontem duas horas e quarenta minutos se passaram sem que eu tivesse percebido, fazia tempo que não sentia essa sensação assistindo uma peça. Tão bom poder ver pessoas tão talentosas com um trabalho amadurecido e consistente, todos sem exceção. Mas não poderia deixar de citar a interpretação de Flávio Santos cantando a música Alma de Palhaço, um deslumbramento que me umedeceu os olhos. A entrega de David D'lucard (Emanuel David D´Lúcard) e Ednaldo Ribeiro e Normando (Normando Roberto Santos), em nuances de personagens tão difíceis é de tirar o chapéu. Muito bom ver o crescimento absurdo de Rogério (Rogério Alves), Guto (Guto Kelevra), Robson (Robson Queiroz), Claudio (Cláudio Siqueira)Enfim, nem queria citar nomes prá não ter que cometer injustiças, cito estes apenas como referências de todo o grupo, pois todos estão muito bem. 



Vocês construíram uma cena forte, impactante. Espetáculos como o Sistema 25 nos faz respirar e ter a sensação de que vale a pena continuar tentando. Vocês são um grande exemplo a ser seguido, talvez o maior de todos, o de que a nossa arte ninguém vai roubar, nem nos limitar a leis idiotas, à dogmas religiosos, à preconceitos. Nossa arte é libertadora, mesmo que seja dentro de uma cela superlotada como a que vocês nos deram ontem. Alguém precisava dizer o que vocês disseram. Queria agradecer a todos e principalmente a você José, pela oportunidade de poder participar deste momento tão bonito. A forma como todos me acolheram e as minhas músicas, ontem foi realmente uma noite muito especial prá mim. Uma vez um grande amigo meu, que já não o é mais, me falou que quando a gente vê uma peça boa a única coisa que temos que fazer é tomar uma cerveja, sentar numa calçado e chorar. Bem eu não sentei na calçada mas chorei no teatro, mas a cerveja com certeza eu tomei, "prá ficar pensando melhor" no presente que vocês me deram. Um grande abraço a todos e muito mais muito sucesso mesmo do fundo de meu coração e da minha alma palhaça, artista e poeta, como a de todos vocês. 


Bjs.

                                                                              *André Filho compôs duas músicas para o espetáculo